Responsabilidade Pública
e Cidadania
Coordenação: João Bosco Almeida *
* Avaliador de
Empresas com formação na Fundação Prêmio Nacional da Qualidade – FPNQ, São
Paulo, janeiro de 1997 e Fundação Christiano Ottoni, Belo Horizonte, junho de
1997
©
FUNDAÇÃO FERREIRA DE ALMEIDA
Oriximiná – Pará –
Brasil
Carlos Fuentes
Poeta
“Portanto, somos nós, aqui,
a ter a responsabilidade da mudança. Devemos começar por nós mesmos, aprendendo
a não rejeitar antecipadamente o novo, o surpreendente, aquilo que parece ser radical.
Isto significa afastar os destruidores de idéias, que apressadamente reprovam
qualquer proposta nova como irracional.
Eles defendem tudo aquilo
que já existe como racional, independente de quanto possa ser absurdo ou
superado. Isto significa lutar pela liberdade de expressão e pelo direito de
manifestar as próprias idéias, mesmo quando heréticas, e isto significa iniciar
já este processo de reconstrução, antes que a ulterior degradação dos sistemas
políticos faça retornar nas praças o totalitarismo, tornando impossível uma
transição pacífica rumo à democracia do século XXI.
Se começarmos agora, nós e
nossos filhos poderemos participar da reconstrução não somente das nossas
obsoletas estruturas políticas, mas de nossa própria civilização. Como a geração
dos revolucionários do passado, nós temos um destino a criar.”
Alvin Toffler, in A Terceira Onda
A meta deste relatório interativo é dupla: primeiro visa coletar informações, dados, sugestões e análises de gerentes, diretores, administradores públicos e parlamentares oriximinaenses, enfim, de todos àqueles que direta ou indiretamente se preocupam com o futuro da região do rio Trombetas, no oeste do Pará; depois, retorna como ferramenta de trabalho aos estudantes, jovens e ao público em geral como instrumento auxiliar na pesquisa, no processo de formatação das idéias que estruturam o universo imaginário da MRN e sua importância na região de Oriximiná.
Utilizamos
vários recursos na montagem deste relatório, tais como acesso às páginas de
Internet, leituras de livros, periódicos, notas técnicas, reuniões com vários
segmentos da sociedade etc. ; tudo para buscar elementos de conhecimento e
planejamento sobre a Mineração Rio do Norte, elaborar diagnósticos com vistas a
desvendar a verdadeira esfinge amazônica para o povo que a rodeia.
Neste
relatório interativo propomos a
compreensão dos critérios de excelência adotados pelas empresas que busca a
qualidade total nos seus processos e atividades afins, quando atuam diretamente
na comunidade. Vale lembrar que as empresas buscam a racionalização dos
processos, via metodologia da Qualidade Total, não por ser modismo
administrativo, mas, e sobretudo, para rever para baixo a quase sempre
crescente escalada dos custos de produção. E a MRN não esconde de ninguém que
está empenhada nessa atividade administrativa que muito tem ajudado a obtenção
dos lucros otimizados lá em Porto Trombetas, revelando a seriedade na gestão da
empresa.
Por
outro lado, assim como há a racionalização dos custos de produção e redução da
estrutura administrativa é de se verificar como são percebidos pela sociedade a
atuação da empresa e sua área de influência. Por isso, há os critérios e
fatores a serem observados quantos aos aspectos da liderança exercida pela
empresa na região. A responsabilidade pública e cidadania são fatores
encontrados nessa mesma liderança em ação.
Para tanto,
reproduzo as palavras do Prof. Vicente Falconi Campos, o qual tive a honra de conhecer
pessoalmente por ocasião dos treinamentos na longínqua Belo Horizonte, citando
outro não menos líder da qualidade mundial, Sr. Konosuke Matsushita[1]
afirmando que: “...no Ocidente todos conhecem a letra da nova canção, mas
poucos se dispõem a cantá-la...” Não deixemos que isso ocorra no Brasil! Vamos
cantar e, se possível, melhor que os orientais! SÓ A APLICAÇÃO DO CONHECIMENTO
AGREGA VALOR.[2]
Se você é daqueles que não agüenta mais ver o navio passar e se lamentar, arregace as mangas, busque entender a força econômica que resulta das atividades da Mineração Rio do Norte, quais seus principais mercados, quanto custa um navio cheio de bauxita, quantas viagens por ano, e se integre em ações que visem beneficiar cada vez mais a empresa e o município e sua gente.
Não queremos mais ser liderados por aqueles que visitavam Porto Trombetas apenas para pechinchar tambores vazios, restos do processo industrial. Existe hoje na cidade de Oriximiná aqueles que formam uma consciência coletiva que possibilita técnica, sociológica e politicamente uma planificação do futuro da região do Vale do Trombetas.
O Coordenador
A
Mineração Rio do Norte – MRN ocupa a invejável posição de nº 762 entre as 1000 maiores
empresas da América Latina [3],
é a maior produtora de bauxita do País, com capacidade para produzir 10 milhões
de toneladas ano[4], está
localizada no município de Oriximiná, oeste do Estado do Pará, na vila de Porto
Trombetas e muito pouco conhecida pelos empresários e habitantes do município
sede.
A
MRN realiza faturamentos anuais na faixa dos R$ 500 milhões, controlada da VALE
e sócia da ALUNORTE, já realizou embarques de bauxita neste primeiro trimestre de
2000 de 2,7 milhões de toneladas de bauxita ao preço médio de US$ 20,58 dólares
por tonelada[5], auferindo
receita bruta de US$ 55,5 milhões de dólares correspondentes a 5 vezes o
orçamento anual da Prefeitura Municipal de Oriximiná.
Em
valores anualizados a MRN fatura o equivalente a US$ 222 milhões de dólares, 20
vezes a receita pública gerada no município, se firmando já por essas cifras,
como a maior empresa privada de Oriximiná.
Apesar
dos números positivamente merecidos pela atividade econômica desenvolvida no
município de Oriximiná, muito pouco se sabe e quase nada se tem em retorno
social, econômico e comunitário para a sociedade que lhe empresta a boa
hospitalidade, convivência e porque não dizer a própria urbe aos moradores e
habitantes de Porto Trombetas e a cidade de Oriximiná.
As
relações institucionais entre a sede do município e a sede do Projeto Bauxita,
ou seja, a sede da MRN em Porto Trombetas sempre foram muita tensas devido a um passado pouco
esclarecedor. Havia, e ainda há, muitos atores no processo que misturavam as
questões pessoais com o interesse público maior ali presente. Na convivência
diária dessa gente, há uma atuação lenta, morosa, pacificada na aceitação do
que é para ver como é que fica. É o efeito da ignorância alimentada pela
política letárgica do diferimento da ação messiânica que cai sobre Oriximiná:
impossível viver sem a MRN!
Não
se pode negar uma evolução nesta relação de lado a lado. Entretanto, ainda está
longe daquela exigida profissionalmente no trato das questões cruciais. Por
isso, urge um levantamento sério, isento das idéias de protecionismo e
fisiologismo nefasto entre as partes; rodadas onde se possa evitar afirmações
como a do Diretor de Pessoal da MRN em recente seminário patrocinado pela
Fundação Ferreira de Almeida, que após expor publicamente as diretrizes e metas
de investimento da MRN para o ano 2000 para uma platéia de mais de 500
pessoas, um dia depois afirmou
serem confidenciais aqueles dados, e
não poderia fornecer o arquivo para registro nos anais da Fundação Ferreira de
Almeida.
Para
tentar responder estas indagações a Fundação Ferreira de Almeida elaborou este
Relatório que visa levantar dados, informações, opiniões, coletar os números
junto aos órgãos públicos, organismos econômicos, político, comunitário, e
principalmente, mapear dados e informações que permitam aferir o grau da
responsabilidade pública da MRN no seu contexto de influência operacional, além
de medir o grau de cidadania praticado pela empresa no desempenho de suas atividades.
Esta
tarefa estará concluída e terá sua meta
alcançada quando for possível usar os dados aqui relacionados em atividades de
planejamento, de motivação, de mobilização para ações que busquem agregar valor
a bens, serviços ou quaisquer outras manifestações humanas ligadas a integração
total da cidade de Oriximiná e a vila de Porto Trombetas.
É
propósito deste relatório interativo também servir de base para uma relação
mais estreita entre o setor público de Oriximiná e a MRN, onde, eliminados os
ranços do passado, seja possível planificar um futuro menos doloroso e mais
promissor para o Vale do Trombetas, financiando um fundo mútuo financeiro que
dará suporte aos investimentos necessários na geração de empregos e uma vida
melhor.
Pior
do que não fazer nada é ficar lamentando o que não foi feito!
Mãos
à obra!
A
proposta exige definição dos aspectos a serem avaliados na MRN e sua atuação
para estabelecer o que vem a ser responsabilidade pública e cidadania
, resultantes das análises dos dados coletados na pesquisa.
A
responsabilidade pública refere-se às expectativas básicas da
organização quanto à ética nos negócios, atenção à saúde pública, segurança e
proteção ambiental.[6] A pesquisa
vai procurar saber como é a relação da MRN com as empresas locais de Oriximiná,
no trato das relações comerciais, nas questões de fornecimento e entrega de
bens, serviços etc. .
O
enfoque relativo à saúde, segurança e proteção ambiental deve levar em conta as
operações da organização bem como o ciclo de vida dos produtos. Neste aspecto, há muito que registrar sobre o dano
ambiental causado pela forma anterior de lavar o minério extraído, e quais as
providências que foram tomadas e estão sendo realizadas para a forma atual na
operação de lavagem da bauxita.
Fatores
como a conservação de recursos e a redução de rejeitos na origem precisam ser
consideradas. Como a MRN está tratando a questão dos resíduos sólidos na
retirada da floresta no momento do descapeamento da cobertura vegetal são
fatores que devem ser registrados para aferição dos critérios eleitos nesta
pesquisa.
O
planejamento no tocante à saúde pública, segurança e proteção ambiental deve
prever impactos adversos que poderiam decorrer das instalações, produção, distribuição,
transporte, uso e descarte ou reciclagem final dos produtos.[7]
A
prática da boa cidadania refere-se à liderança e ao apoio – dentro dos
limites razoáveis dos recursos da organização – a objetivos de interesse
social, abrangendo também os aspectos acima mencionados de responsabilidade
pública.[8]
A pesquisa precisa registrar quais as ações da MRN nesta área, tanto nos arredores de Porto Trombetas, quanto na sede do município de Oriximiná, e região de influência como são os municípios vizinhos.
Neste critério estão objetivos que poderão incluir a melhoria na educação, assistência médica, excelência na proteção ambiental, conservação de recursos naturais, serviços comunitários, melhoria das práticas industriais e organizacionais, intercâmbio de informações não-confidenciais relacionadas com a qualidade, a promoção da cultura, do esporte e do lazer e do desenvolvimento nacional, regional ou setorial.[9]
Quais as atividades de cidadanias praticadas pela MRN na sede do município?
Por essas
razões a proposta de pesquisa de fatos e dados que afiram os critérios de responsabilidade
pública e cidadania nas atividades desenvolvidas pela MRN no município de
Oriximiná se justificam.
1. Responsabilidade perante a
sociedade oriximinaense
a. Como
a MRN aborda os impactos atuais e potenciais de seus produtos, processos e
instalações?
i.
Empresas locais contratadas
Empresas Contratadas Setor Econômico Valor
Contratado em R$
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ii.
Empresas de fora contratadas
Empresas Contratadas Setor Econômico Valor
Contratado em R$
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iii.
Ações de Saúde Pública em Oriximiná
Tipo de Ação Prevenção Curativa Valor Gasto em R$
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iv.
Ações de Segurança e Proteção Ambiental em Oriximiná
Tipo Treinados
Area Valor 1 R$ Gastos
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v.
Outras Ações de Proteção Ambiental em Oriximiná
Tipo Característica Valor Gasto em R$
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vi.
Empregados locais contratados
Qualificação
Setor Salários em R$
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vii.
Empregados de fora contratados
Qualificação
Setor Salários
em R$
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b. Quais
as principais práticas, indicadores, objetivos e metas para atender e superar
requisitos legais, regulamentares e éticos?
Atividade Indicador Meta
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c. Como
a MRN minimiza riscos associados à atividade principal de extração e lavagem de
bauxita no meio ambiente?
Risco
Potencial Indicador Meta
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d. Como
a MRN se antecipa às preocupações públicas, avalia impactos potenciais sobre a
sociedade e o meio ambiente e aborda essas questões de maneira pró-ativa?
Preocupações
Públicas Indicador Meta
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2. Exercício da cidadania pela
MRN na sociedade oriximinaense
a. Como
a MRN exerce sua liderança em questões de interesse da sociedade oriximinaense?
Ação
Desenvolvida Área
Impactada Valor Gasto em R$
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b. Como
a MRN estimula a participação de seus funcionários em esforços de
desenvolvimento local, regional, nacional e setorial?
Ação
Desenvolvida Área
Impactada Valor Gasto em R$
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3. Os indicadores da MRN na
sociedade Oriximinaense
ALUMÍNIO[10]
A Volta do Ciclo de Alta - Os elementos fundamentais do mercado global de
alumínio melhoraram substancialmente nos últimos cinco anos. A aceleração do
crescimento da demanda em 1994-97 permitiu a absorção dos fluxos de exportações
russas e a expansão de 1,8 milhão de toneladas na capacidade de fundição. A
crise asiática, apesar de ter provocado em 1998 a primeira queda na demanda por
alumínio em 16 anos, interrompeu apenas transitoriamente o ciclo de alta do
metal.
A razão disso é bastante simples: o crescimento econômico,
especialmente na Ásia e nos Estados Unidos, responsáveis por mais de 60% da
demanda mundial por alumínio, foi bem mais forte do que o esperado no início de
1999.
Do lado da oferta, houve limitações derivadas de problemas na
produção de alumina, os quais provocaram a quase duplicação de seus preços
spot.
A oferta global de alumínio primário cresceu 3,8% em relação
ao ano anterior, com elevado grau de utilização da capacidade instalada, 93%, o
maior desde 1993. Já o consumo se expandiu em 6,2% em 1999, o que se refletiu
em ligeira redução de estoques e aumento de preços. Esses começaram a reagir no
segundo trimestre do ano, registrando alta de 33% quando se compara dezembro de
1999 com igual mês do ano anterior. Contudo, dada a forte tendência de queda
que prevaleceu até março de 1999, as cotações médias anuais na London Metals
Exchange para contratos de três meses permaneceram praticamente estáveis, em
US$1.389 por tonelada em 1999 contra US$1.379 em 1998, o que mascara o alto
grau de volatilidade predominante no período.
A previsão de continuidade do crescimento econômico global é
fator de otimismo para o desempenho da demanda e dos preços em 2000,
impulsionados principalmente pela expansão do consumo da indústria automobilística.
A Reestruturação em Progresso - Em julho de 1999 foi
assinado memorando de entendimentos entre a Aluvale, empresa holding dos
negócios de alumínio do grupo CVRD, e a Hydro Aluminium A.S., subsidiária da
empresa norueguesa Norsk Hydro, prevendo a participação da Norsk Hydro
Aluminium Brasil Investment B.V. na composição acionária da Alunorte.
Essa participação se concretizou através da aquisição de
25,25% das ações da Alunorte com direito a voto. Tal transação garante para a
Alunorte a colocação firme de, aproximadamente, 380 mil toneladas anuais de
alumina. Ao mesmo tempo, a Hydro manifestou interesse em participar em projeto
de expansão de capacidade da Alunorte de 1,5 milhão de toneladas por ano para
2,3 milhões.
Foi celebrado contrato entre a Aluvale e a Hydro Aluminium,
com duração de dez anos e início previsto para fevereiro de 2000, contemplando
a venda de cerca de 1 milhão de toneladas de alumínio primário. Tal contrato é
passível de securitização, constituindo-se, portanto, em fonte potencial de
recursos para o financiamento de investimentos da Aluvale.
A venda de ações da Alunorte, produzindo fundos para o
cancelamento de dívida, e a conversão em ações de debêntures de emissão desta
última pela CVRD constituem-se em passos importantes para a redução de seu
endividamento, adequando-o à capacidade de geração de caixa.
Como resultado da reestruturação realizada após a
privatização da CVRD e do impacto da desvalorização do real, a Albras -
Alumínio Brasileiro S.A., foi considerada pela CRU International Ltd. um dos
três produtores mais eficientes de alumínio primário no mundo.
O Desempenho das Empresas - A Aluvale possui
participações acionárias na Mineração Rio do Norte S.A. - MRN, produtora de
bauxita, Alunorte - Alumina do Norte S. A., produtora de alumina, Albras e
Valesul Alumínio S.A., produtoras de alumínio. A Aluvale vende,
preponderantemente no mercado interno, o alumínio produzido por encomenda pela
Valesul. O take da Aluvale no alumínio produzido pela Albras foi comercializado
no exterior. Continua dando suporte à comercialização de bauxita da MRN e da
parcela de alumina produzida pela Alunorte destinada ao mercado externo.
A Aluvale apresentou prejuízo de R$240,9 milhões, derivado
principalmente de resultado de equivalência patrimonial negativo em R$214,6
milhões, em virtude de perdas registradas na Alunorte e Albras.
A demanda por bauxita cresceu em relação a 1998, tanto no
mercado interno quanto no externo. Assim, em 1999 a produção da MRN alcançou
recorde histórico, com 10.952 mil toneladas, superior em 8,4% ao registrado em
1998. As vendas totalizaram 10.884 mil toneladas. Desse montante, 6.422 mil
toneladas foram destinadas ao mercado doméstico, numa expansão de 10,3%, e
4.462 mil toneladas ao mercado internacional, com aumento de 7,7% relativamente
ao ano passado.
O lucro líquido da MRN em 1999 foi de R$89 milhões, com
receitas líquidas de R$380,2 milhões e EBITDA de R$250,5 milhões. O ano de 1999
marca ainda importante reconhecimento à empresa referente ao seu desempenho no
ano anterior: certificado do International Primary Aluminium Institute - IPAI,
por ter obtido uma das três melhores performances entre 31 empresas e 151
fábricas de alumínio no mundo.
Em 1999, a Alunorte produziu 1.527 mil toneladas de alumina,
contra 1.430 mil toneladas em 1998. Foram comercializadas 1.494 mil toneladas,
sendo 722 mil toneladas destinadas à exportação.
A Alunorte registrou prejuízo de R$257 milhões, o que é
explicado pelo impacto da desvalorização cambial sobre a dívida em moeda
estrangeira da Companhia. Contudo, a geração de caixa da empresa melhorou, com
EBITDA de R$159 milhões, e houve substancial queda na relação dívida
bruta/EBITDA, de 11,5x em 1998 para 6,4x em 1999.
A Albras produziu em 1999 a quantidade recorde de 357.681
toneladas de alumínio primário. Vendeu 356.013 toneladas, sendo 346.630
toneladas no mercado externo. Suas receitas operacionais líquidas atingiram
R$837,6 milhões, com a geração de EBITDA de R$331,9 milhões, o que contribuiu
para reduzir a relação dívida bruta/EBITDA de 10,2x em 1998 para 5,1x em 1999.
O resultado líquido do ano foi negativo, com prejuízo de R$102,2 milhões,
fortemente influenciado pelo efeito da desvalorização do real sobre o endividamento
em moeda estrangeira.
A Valesul apresentou lucro líquido de R$12,5 milhões, tendo
alcançado em 1999 produção recorde de metal quente, com 93.074 toneladas.
A Usina Hidrelétrica de Machadinho, com 1.140MW de
capacidade instalada, da qual a Valesul tem direito a 7,28% como integrante da
MAESA - Machadinho Energética S.A., registrou importantes progressos em sua
construção, devendo entrar em operação em 2002. Com a geração de Machadinho, a
Valesul tornar-se-á auto-suficiente em suas necessidades de energia de ponta.
a. Indicadores
Ambientais
Areas
degradadas Area
Recuperada Valor Gasto em R$
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b. Indicadores
Financeiros
Mineração Rio
do Norte S.A. 31 de Dezembro de 1999 e 1998
17 de janeiro
de 2000
Ao Conselho de Administração da
Mineração Rio do Norte S.A.:
(1) Examinamos os
balanços patrimoniais da MINERAÇÃO RIO DO NORTE S.A. em 31 de dezembro de 1999
e 1998, e as respectivas demonstrações do resultado, das mutações do patrimônio
líquido e das origens e aplicações de recursos correspondentes aos exercícios findos naquelas datas, elaborados sob a responsabilidade
de sua Administração. Nossa responsabilidade é a de expressar uma opinião sobre
essas demonstrações contábeis.
(2) Nossos exames foram conduzidos de acordo com as normas
de auditoria e compreenderam:
(a) o planejamento
dos trabalhos, considerando a relevância dos saldos, o volume das transações e
os sistemas contábil e de controles internos da Sociedade; (b) a constatação,
com base em testes, das evidências e dos registros que suportam os valores e as
informações contábeis divulgados; e (c) a avaliação das práticas e das
estimativas contábeis mais representativas adotadas pela Administração da
Sociedade, bem como da apresentação das demonstrações contábeis tomadas em
conjunto.
(3)
As demonstrações contábeis da Alunorte – Alumina do Norte do Brasil S.A., cujo
investimento em 31 de dezembro de 1999 corresponde a 6% do
ativo total (6% em 1998) e a 100% do resultado de equivalência patrimonial
(100% em 1998), foram auditadas por outros auditores independentes, e nossa
opinião, no que se refere aos montantes incluídos relativos à Alunorte –
Alumina do Norte do Brasil S.A., baseia-se exclusivamente na opinião desses
auditores independentes.
(4) Em nossa opinião, com base em nossos
exames e no parecer dos outros auditores
independentes, conforme indicado no parágrafo (3), as
demonstrações contábeis referidas no parágrafo (1) representam adequadamente,
em todos os aspectos relevantes, a posição patrimonial e financeira da
Mineração Rio do Norte S.A. em 31 de dezembro de 1999 e 1998, o resultado de
suas operações, as mutações de seu patrimônio líquido e as origens e aplicações
de seus recursos referentes aos
exercícios findos naquela datas, de acordo com as práticas contábeis emanadas
da legislação societária.
(5) O parecer dos outros auditores independentes, mencionado no parágrafo (3), indica que a Alunorte - Alumina do Norte do Brasil S.A. e seus acionistas estão adotando medidas com o objetivo de permitir o restabelecimento de seu equilíbrio econômico-financeiro (Nota 4).
Rio de Janeiro, 17 de janeiro de 2000
ARTHUR
ANDERSEN S/C - CRC-2-SP-123-S-RJ
Amauri
Froment Fernandes
Sócio-Diretor Responsável
Contador - CRC-1-RJ-39.012-1
MINERAÇÃO RIO
DO NORTE S.A.
NOTAS
EXPLICATIVAS ÀS DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS
EM 31 DE
DEZEMBRO DE 1999 E 1998
(Em milhares
de reais)
1.
CONTEXTO OPERACIONAL
A Sociedade é uma empresa de capital fechado,
cujos acionistas são a Vale do Rio Doce Alumínio S.A. - Aluvale (subsidiária da
CVRD), Alcan Alumínio do Brasil Ltda., Billiton
Metais S.A. e outros (Nota 10). Suas atividades consistem na extração, no beneficiamento e na venda de minério de bauxita.
As vendas de minério, efetuadas para os próprios acionistas da Sociedade, ou através deles, e para empresas coligadas, são regidas, principalmente, por contratos de longo prazo, que estabelecem condições equivalentes para estes. As quantidades vendidas para cada empresa são confirmadas anualmente e podem apresentar pequenas variações. Os preços praticados, em dólares norte-americanos, são calculados segundo fórmulas específicas. As contas a receber decorrentes da venda de minério têm prazo de vencimento de 30 dias.
Os contratos de venda de bauxita, assinados em 1979, com vencimento para 31 de dezembro de 1999, totalizando 3,35 milhões de toneladas, foram renovados nas mesmas bases por um novo período de 20 anos.
2. PRINCIPAIS PRÁTICAS CONTÁBEIS
As demonstrações contábeis anexas foram
elaboradas de acordo com as disposições da Lei das Sociedades por Ações, sendo
adotadas as seguintes principais práticas contábeis:
extração e o valor de mercado.
patrimonial.
Os demais investimentos permanentes são avaliados ao custo de
aquisição, corrigido monetariamente até
31 de dezembro de 1995. As adições a partir de 1º de janeiro de 1996 estão
avaliadas ao custo de aquisição.
d.
O imobilizado está
demonstrado ao custo de aquisição, corrigido monetariamente até 31 de dezembro
de 1995. As adições a partir de 1º de janeiro de 1996 estão avaliadas ao custo de aquisição. A
depreciação é calculada pelo método linear, com base na vida útil-econômica
estimada dos bens. Os custos iniciais de exploração e desenvolvimento de
jazidas minerais foram capitalizados, e a exaustão é calculada com base na
relação entre o volume produzido e a capacidade estimada das reservas minerais.
Os demais custos de exploração são reconhecidos nos custos de produção quando
incorridos.
3. DISPONIBILIDADES
Em 31 de dezembro, o saldo de
Disponibilidades era composto como se segue:
1999 1998
Caixa e bancos 25 31
---------- ---------
Aplicações financeiras-
Fundos de investimento financeiro 33.641 30.695
Certificados de Depósito Bancário 74.407 36.253
---------- ---------
Total das aplicações financeiras 108.048 66.948
---------- ---------
Total das disponibilidades 108.073 66.979
====== =====
A Sociedade efetuou operações de
"swap" para troca do indexador de suas aplicações
financeiras em Certificados de Depósito Bancário. Os lucros/prejuízos das operações decorrem das diferenças de variação nos indexadores contratados sobre os indexadores referenciais e estão registrados em Receitas (Despesas) Financeiras, Líquidas nas demonstrações do resultado.
4. INVESTIMENTOS
Em 31 de dezembro, o saldo de Investimentos
era composto como se segue:
1999 1998
Participação em coligada 41.805
46.453
(-) Provisão para perda sobre investimentos - (8.246)
Outros investimentos 469 391
--------- ---------
Total dos investimentos 42.274
38.598
===== =====
O investimento em coligada era composto como
se segue:
1999
Quantidade de Prejuízo do Equivalência
Capital ações (lote de mil) Patrimônio exercício % de patrimonial
Social Ordinárias Preferenciais líquido ajustado participação ajustada
Alunorte - Alumina do
Norte do Brasil S.A. 783.549 598.184 - 312.671 (229.324) 13,37
(30.661)
(+) Reversão da provisão
para perdas sobre
investimentos
8.246
---------
Total (22.415)
1998
Quantidade de Patrimônio Prejuízo do Equivalência
Capital ações (lote de mil) líquido exercício % de patrimonial
social Ordinárias Preferenciais ajustado ajustado participação ajustada
Alunorte - Alumina do
Norte do Brasil S.A. 430.386 301.054
24.053 188.832 (38.290)
24,6 (9.419)
(-) Provisão para perdas
sobre investimentos - - - - - -
(8.246)
---------
Total (17.665)
A Alunorte, localizada no município de Barcarena, Estado do Pará, empreendimento destinado à produção de alumina, cuja matéria-prima básica é o minério de bauxita, iniciou suas operações em 15 de julho de 1995.
A
Alunorte e seus acionistas estão adotando medidas com o objetivo de permitir o
restabelecimento de seu equilíbrio
econômico-financeiro. Em linha com esse objetivo, a
Alunorte aumentou seu capital durante o exercício social
findo em 31 de dezembro de 1999, que foi integralizado, por parte de seus
acionistas. Em virtude de a Mineração Rio do Norte S.A. não ter participado
desse aumento de capital, sua participação acionária na Alunorte foi reduzida
de 24,6% em 1998 para 13,37% em 1999. Apesar disso, o referido aumento de
capital proporcionou um ganho de R$26.012, contabilizado no resultado do
exercício sob a rubrica Despesas Não Operacionais, Líquidas.
5. IMOBILIZADO
Em 31 de dezembro, o ativo imobilizado tinha
a seguinte composição:
1999 1998
Taxas anuais de
depreciação/
exaustão (%)
Instalações industriais e gerais 474.759 467.813 5
Prédios e instalações 171.567 171.195 4
Máquinas e equipamentos 197.351 197.488 10 a 33
Ferrovia 86.753 86.752
6
Jazidas de minério – bauxita 31.481 31.387 Conforme extração
Móveis e utensílios 30.110 29.727 10 a 20
Veículos e embarcações 42.853 41.302 20
Outros ativos imobilizados 735
666 10
------------ ------------
1.035.609 1.026.330
Depreciações e exaustões acumuladas (616.62 9) (569.436)
------------ ------------
418.980 456.894
------------ ------------
Imobilizações em curso-
Instalações, obras e construções em
andamento 18.245
7.832
------------ ------------
Total do imobilizado 437.225 464.726
======= =======
6. FINANCIAMENTOS
1999
1998
Adiantamentos de contratos de câmbio -
43.849
(-) Adiantamentos de contratos de câmbio
referentes a exportações
embarcadas
(redutora do Contas a Receber) -
(10.551)
Moeda estrangeira – vencíveis até 2002 8.975 9.718
------- ---------
Total de
financiamentos 8.975
43.016
==== =====
Circulante 5.095
37.006
==== =====
Exigível a longo prazo 3.880
6.010
==== =====
Os valores registrados no exigível a longo prazo correspondem a financiamentos, em dólares norte-americanos, de equipamentos adquiridos no exterior, junto ao Westdeutsche Landesbank Girozentrale – WestlB e ao First National Bank of Boston. Os financiamentos possuem taxas de juros fixas de 5,77%, 6,83% e 7,02% ao ano (Westdeutsche Landesbank Girozentrale – WestlB) e taxas variáveis Libor acrescidas de 0,125% a 0,15% ao ano (First National Bank of Boston).
7. PROVISÃO PARA REFLORESTAMENTO
A provisão para reflorestamento é
contabilizada com base no cálculo das áreas a serem
reflorestadas. Tais valores estão refletidos no balanço da Sociedade nas contas Outros Passivos Circulantes, no montante de R$1.466 (R$687 em 1998), e Provisão para Reflorestamento, no exigível a longo prazo, no montante de R$6.069 (R$3.319 em 1998). Em função das operações de lavra e beneficiamento, certas áreas demandam cerca de cinco anos para estar disponíveis para reflorestamento.
8. PENDÊNCIA JUDICIAL
A Sociedade foi
autuada devido ao não-recolhimento do PIS e da Cofins/Finsocial. O
não-recolhimento dos tributos baseia-se na imunidade garantida pelo artigo 155, § 3º, da Constituição Federal às empresas de mineração.
Entretanto, em 1º de julho de 1999, o Supremo Tribunal Federal – STF decidiu que as empresas mineradoras estão sujeitas ao PIS e à Cofins.
Em 1999, a Sociedade constituiu provisão para essa
contingência, no valor de R$48.904. Em decorrência dessa provisão, a Sociedade
constituiu, também, como crédito tributário futuro, o diferimento de imposto de
renda e contribuição social sobre o lucro, no valor de R$13.086.
9. IMPOSTO DE RENDA
A reconciliação das despesas de imposto de renda incluídas nas demonstrações do resultado com o imposto calculado à alíquota vigente é como se segue:
1999 1998
Imposto de renda e contribuição social
à
alíquota vigente (52.428)
(27.974)
Ajustes para refletir a despesa efetiva-
Equivalência patrimonial (6.654) (5.829)
Parcela de isenção do imposto de renda 13.480 10.819
Imposto de renda e contribuição social
diferidos ativos 13.086 -
Provisões não dedutíveis, incluindo-
PIS/Cofins (18.273)
-
Outras (3.835)
(22)
Receitas não tributáveis, incluindo-
Ganho de variação na participação -
Alunorte 9.053
-
Outras 2.549 -
--------- ---------
Imposto de renda e contribuição social
nas demonstrações do resultado (43.022) (23.006)
=====
======
A Sociedade goza de isenção e redução do imposto de renda sobre a parcela dos lucros provenientes das operações de exploração, com base em limites variáveis de produção. Os respectivos valores são creditados a uma reserva de capital.
Através da Lei nº 9.532, de 10 de dezembro de 1997, o Governo Federal estendeu o prazo da referida redução para 31 de dezembro de 2013 (anteriormente, a redução era válida até 31 de dezembro de 2000).
Em reunião do Conselho Deliberativo da Sudam
(Superintendência de Desenvolvimento da
Amazônia), realizada em dezembro de 1999, a Sociedade obteve aprovação
para a redução do imposto de renda sobre a produção de 3,05 milhões de
toneladas anuais, a partir de 1999, cuja isenção havia terminado em 31 de
dezembro de 1998.
10. PATRIMÔNIO LÍQUIDO
a. Capital
Em 31 de dezembro de 1999, o capital
autorizado da Sociedade era de R$433.209 (R$521.583 em 1998). O capital
subscrito, R$419.409 (R$507.784 em 1998), está representado por 200.000.000.000
de ações ordinárias e 400.000.000.000 de ações preferenciais, sem valor
nominal, assim distribuídas:
Milhões de ações
Ações Ações
ordinárias % preferenciais
%
Vale do Rio Doce Alumínio S.A. – Aluvale
80.000 40,0000 160.000 40,0000
Alcan Alumínio do Brasil Ltda. 25.000 12,5000
47.000 11,7500
Billiton
Metais S.A. 25.000 12,5000 63.800 15,9500
Companhia Brasileira de Alumínio 25.000 12,5000 35.000 8,7500
Alcoa Alumínio S.A. 16.250 8,1250 35.230
8,8075
Reynolds Alumínio do Brasil Ltda. 10.000 5,0000 20.000
5,0000
Norsk Hydro Comércio e Indústria Ltda. 10.000 5,0000 20.000
5,0000
Abalco S.A. 8.750 4,3750 18.970
4,7425
----------
------------ ---------- ----------
200.000 100,0000
400.000 100,0000
====== =======
====== =======
Em 22 de julho de 1999, a Sociedade reduziu seu capital em R$118.241, por julgá-lo excessivo. A redução limitou-se a parte do capital próprio dos acionistas, respeitadas as parcelas levadas à conta Capital Social em função das isenções de imposto de renda originárias de benefícios fiscais concedidos pela Sudam.
O acionista que detiver um mínimo de 5% das ações ordinárias tem direito de indicar um membro no Conselho de Administração, e cada ação ordinária dá direito a um voto nas decisões tomadas pela Assembléia Geral dos Acionistas.
b. Apropriação do Lucro Líquido do Exercício
Reserva Legal
(5% do Lucro Líquido do Exercício)
A Sociedade vem constituindo a reserva legal seguindo
as disposições constantes na Lei das Sociedades por Ações.
c. Dividendos
As ações ordinárias e preferenciais dão
direito, segundo o estatuto social da Sociedade, a um dividendo anual mínimo de
6% do patrimônio líquido. Em novembro de 1999, a Sociedade distribuiu
dividendos intermediários no montante de R$29.500. A Diretoria Executiva, no
pressuposto da aprovação pela Assembléia dos Acionistas, está propondo a
distribuição de dividendos adicionais no valor de R$31.040. O saldo restante de
lucros acumulados poderá ser distribuído aos acionistas, mediante aprovação em
Assembléia Geral dos Acionistas.
11. TRANSAÇÕES COM PARTES RELACIONADAS
As transações com partes relacionadas durante
os exercícios estão refletidas nas demonstrações contábeis e eram compostas
como se segue:
a. Vendas de Minério
1999 1998
Receita bruta-
Abalco S.A. 21.733
13.024
Alcan Alumínio do
Brasil Ltda. 11.499
7.300
Alcan (Bermuda) Ltd. 51.318 42.697
Alcoa Alumina
& Chemicals L.L.C. 28.872
23.295
Alcoa Alumínio
S.A. 40.362
23.780
Alunorte – Alumina
do Norte do Brasil S.A. 130.101 90.756
Billiton B.V. 28.324
8.218
Billiton Metais S.A. 41.397
24.809
Itabira International Co. Ltd. 30.676 21.609
Norsk Hydro A.S. 14.455
9.455
Reynolds Metals Co. 13.026 12.965
Glencorre
International A.G. (C.B.A.) 2.058 -
---------- ----------
Total da
receita bruta 413.821
277.908
====== ======
b. Contas a Receber
1999 1998
Contas a receber-
Abalco S.A. 2.207
1.917
Alcan Alumínio do
Brasil Ltda. 1.168 1.014
Alcan (Bermuda) Ltd.
2.268 -
Alcoa Alumina
& Chemicals L.L.C. 4.283
2.616
Alcoa Alumínio
S.A. 4.091
3.559
Alunorte – Alumina
do Norte do Brasil S.A. 8.918 7.482
Billiton B.V. 2.012
3.210
Billiton Metais S.A. 4.203
3.650
Itabira International Co. Ltd. 3.197 3.068
Norsk Hydro A.S. 664 58
Reynolds Metals Co. 1.073 1.614
--------- ---------
Subtotal 34.084
28.188
Adiantamentos de contratos de câmbio
referentes a
exportações embarcadas -
(10.551)
--------- ---------
Total de contas a receber 34.084
17.637
===== =====
Esses saldos são resultantes de transações
comerciais e vêm sendo liquidados regularmente nos prazos de vencimento.
c. Contratos de Mútuo
1999 1998
Contratos de
mútuo-
Abalco S.A. -
2.440
Alcan Alumínio do
Brasil Ltda. - 6.339
Alcoa Alumínio
S.A. -
4.532
Vale do Rio Doce Alumínio
S.A. – Aluvale - 21.131
Billiton Metais S.A. - 7.818
Companhia
Brasileira de Alumínio -
5.282
Norsk Hydro
Comércio e Indústria Ltda. - 2.641
Reynolds
International do Brasil Ltda. -
2.641
----- ---------
Total de contratos
de mútuo -
52.824
=== =====
12. DESPESAS NÃO OPERACIONAIS, LÍQUIDAS
Em 31 de dezembro, o saldo de Despesas Não
Operacionais, Líquidas era composto como se segue:
1999 1998
Ganho de variação
na participação – Alunorte 26.012
-
PIS e
Cofins/Finsocial – pendência judicial (48.904) -
Outros (7.305)
(1.225)
-------- -------
Total (30.197) (1.225)
===== ====
* * * * * * *
* * * * *
MINERAÇÃO RIO
DO NORTE S.A.
BALANÇOS
PATRIMONIAIS EM 31 DE DEZEMBRO DE 1999 E 1998
(Em milhares de reais)
A T I V O
1999 1998
CIRCULANTE:
Disponibilidades 108.073 66.979
Contas a
receber de clientes 34.084
17.637
Estoques de
minério – bauxita 8.792 5.731
Estoques de material
de consumo e outros 14.414 16.291
Outros ativos
circulantes 1.956
2.031
---------- ----------
Total do
circulante 167.319
108.669
---------- ----------
REALIZÁVEL A LONGO
PRAZO:
Contratos de
mútuo - 52.824
Incentivos
fiscais - Finam e Finor 4.154
2.757
Imposto de
renda e contribuição social diferidos 13.086
-
---------- ----------
Total do
realizável a longo prazo 17.240 55.581
---------- ----------
PERMANENTE:
Investimentos
42.274
38.598
Imobilizado 437.225 464.726
---------- ----------
Total do
permanente 479.499
503.324
---------- ----------
Total do
ativo 664.058
667.574
====== ======
As notas explicativas
anexas são parte
integrante destes balanços.
MINERAÇÃO RIO DO NORTE S.A
BALANÇOS
PATRIMONIAIS EM 31 DE DEZEMBRO DE 1999 E 1998
(Em milhares
de reais)
P A S S I V O
1999 1998
CIRCULANTE:
Financiamentos 5.095
37.006
Fornecedores e
empreiteiros 5.961
4.782
Impostos e
contribuições 42.583 14.752
Dividendos
propostos 31.040 -
Provisão para
férias 3.014
3.162
Outros passivos
circulantes 3.237
1.495
---------- ----------
Total do
circulante 90.930
61.197
----------
----------
EXIGÍVEL A LONGO PRAZO:
Financiamentos 3.880
6.010
Provisão para
contingências 76.876
8.607
Provisão para
reflorestamento 6.069
3.319
---------- ----------
Total do exigível
a longo prazo 86.825
17.936
---------- ----------
PATRIMÔNIO LÍQUIDO:
Capital social-
Residentes no país
398.439
482.395
Residentes no
exterior 20.970 25.389
---------- ----------
Total do capital 419.409
507.784
Reservas de
capital 29.980 23.770
Reservas de lucros
36.914 56.887
---------- ----------
Total do
patrimônio líquido 486.303
588.441
---------- ----------
Total do passivo 664.058
667.574
====== ======
As notas
explicativas anexas são parte
integrante
destes balanços.
MINERAÇÃO RIO
DO NORTE S.A.
DEMONSTRAÇÕES DO RESULTADO
PARA OS
EXERCÍCIOS FINDOS EM 31 DE DEZEMBRO DE 1999 E 1998
(Em milhares
de reais, exceto o lucro líquido
por lote de
1.000.000 de ações)
1999 1998
RECEITA BRUTA DAS VENDAS:
Vendas de produtos 413.821
277.908
Impostos incidentes
sobre vendas (33.647)
(15.965)
---------- ----------
RECEITA LÍQUIDA 380.174 261.943
Custo dos produtos
vendidos (171.653)
(156.256)
---------- ----------
Lucro bruto 208.521
105.687
DESPESAS OPERACIONAIS:
Despesas gerais e
administrativas (9.397)
(7.977)
RESULTADO FINANCEIRO:
Receitas (despesas)
financeiras, líquidas (971) 5.951
RESULTADO DE EQUIVALÊNCIA PATRIMONIAL (22.415) (17.665)
---------- ----------
Lucro operacional 175.738
85.996
DESPESAS NÃO OPERACIONAIS, LÍQUIDAS (30.197) (1.225)
---------- ----------
Lucro líquido antes
da tributação 145.541
84.771
IMPOSTO DE RENDA:
A ser capitalizado (13.480)
(10.819)
A ser recolhido (35.233)
(14.775)
CONTRIBUIÇÃO SOCIAL:
A ser recolhida (20.875)
(8.231)
IMPOSTO DE RENDA E CONTRIBUIÇÃO SOCIAL
DIFERIDOS 13.086 -
---------- ----------
Lucro líquido do
exercício 89.039 50.946
====== ======
Lucro líquido por
lote de 1.000.000 de ações (em R$) 148,40 84,91
===== ====
As notas
explicativas anexas são parte
integrante destas demonstrações.
4. Conclusão
As informações
sobre a MRN sempre existiram, porém, esparsas e desencadeadas de uma linha de
raciocínio lógico. Sem luz, as crendices proliferam ao ponto de permitir a
dicotomia nos objetivos da mesma região.
A MRN é e sempre foi parte fundamental no
desenvolvimento da região do Vale do Trombetas, posto que destino dos produtos
e serviços que atrai, não pode ficar alheia a nenhuma premissa de desenvolvimento
regional.
Entretanto, há um fosso separando os lados do
rio. Desinteresse e desmotivação são percebidos em qualquer conversa com
empresários da região, que de pronto argumentam as dificuldades de comercializar
com Porto Trombetas.
Esse quadro precisa mudar para permitir o
diálogo construtivo. Estabelecer as bases dessa conversa é o desafio das
lideranças políticas e empresariais da região. Uma área de convergência
econômica como é a MRN no Vale do Trombetas não pode ser desprezada pela mais
pobre das políticas de desenvolvimento que se queira fazer para a região.
Mãos à obra!
O Coordenador
5. Bibliografia
CAMPOS, Vicente Falconi - ,
Gerenciamento da Rotina do Trabalho do dia-a-dia,
Fundação Christiano Ottoni, 2ª Edição, Belo
Horizonte,MG,1996
COMPANHIA VALE DO RIO DOCE –
CVRD, www.cvrd.com.br
FUNDAÇÃO PRÊMIO NACIONAL DA
QUALIDADE, Critérios de Excelência,
São Paulo, SP, 1997
GAZETA MERCANTIL, 1000 maiores
Empresas da América Latina, Setembro de
1999, Ano I, nº 1, Rio de Janeiro, RJ, Brasil
[1] WOMACK, J.P. et alli, A Máquina que mudou o mundo, Editora Campus, Rio, 1992, p.47
[2] CAMPOS, Vicente Falconi, Gerenciamento da Rotina do Trabalho no dia-a-dia, 2ª ed. ,1996
[3] Fonte Gazeta Mercantil Latino Americana, Setembro de 1999, página 112
[4] Gazeta Mercantil de 03.05.00
[5] Site da CVRD www.cvrd.com.br
[6] Fundação para o Prêmio Nacional da Qualidade, in Critérios de Excelência , pág. 10
[7] idem, idem
[8] idem, idem
[9] idem, idem pág. 11
[10] Fonte www.cvrd.com.br