1.
INTRODUÇÃO
Em recente viagem à cidade de Oriximiná fui convidado a fazer uma visita na área dos ‘tilheiros’ – local onde são construídas as embarcações navais em Oriximiná desde o início do século XX – com a finalidade de observar a situação dos construtores navais remanescentes ante a iminente construção de um cais de arrimo que vai passar na frente das oficinas a uma altura média de 80cm, conforme se anuncia pelas autoridades municipais.
2.
DIAGNOSTICO DA ÁREA
A área dos ‘tilheiros’ situa-se ao final da rua 24 de Dezembro, à montante do rio Trombetas, tendo o seu início nas ruínas da serraria do Manoel Cerqueira, ao lado da bomba d`água, e termina na travessa Martinho Tavares, ao lado da antiga Serraria do Zé Luiz.
Essa área possui hoje cerca de doze oficinas de reparos navais, sendo
que muitas delas se dedica à construção de pequenas embarcações.
Pequenos
barcos construídos na área do `tilheiro` ©FFA |
Tigre, construído a partir de uma `forma de canoa` |
No inicio do século XX a construção naval de Oriximiná se destacava na região amazônica, fato este revelado na construção das maiores embarcações em madeira da espécie Itaúba, conforme lista abaixo:
Embarcação |
Tamanho
[1] |
Estaleiro /Ano de Construção
|
São
João |
100 |
Duca
Silva Não
disponível |
Severino
Souza |
120 |
Duca
Silva Não
disponível |
Leão |
80 |
Ary
Silva em 1970 |
Oriente |
85 |
Ary
Silva em 1972 |
Breno
Sávio |
80 |
Ary
Silva
Não disponível |
Terra
Santa |
100 |
Não
disponível |
Cabedelo |
45 |
Não
disponível |
Tigre |
38 |
Isidoro
Almeida em 1974 |
Fonte:
FFA e pesquisa na área do tilheiro